Leitor, segue um texto muito interessante que gostaria de compartilhar com você. Para quem é EDUCADOR em seu sentido mais amplo (e todos nós somos), boa leitura!
QUALIDADES DO EDUCADOR
UMA REFLEXÃO PROFÍCUA
Se há uma criatura que tenha necessidade de formar e manter-se constantemente firme, uma personalidade segura e complexa, essa é o Educador.
Este ser é destinado a pôr-se em contato com a infância e adolescência nas suas mais variadas e inconstantes modalidades, tendo de compreender as inquietações da criança e do jovem, para bem os orientar e satisfazer sua vida.
Deve ser também um contínuo aperfeiçoamento, uma concentração permanente de energias que sirvam de base a assegurem a sua possibilidade, variando sobre si mesmo, chegando a aprender cada fenômeno circunstante.
Concilia todos os desacordos aparentes, todas as variações humanas nessa visão total indispensável aos Educadores.
É, certamente, uma grande obra ao chegar a consolidar-se numa personalidade assim.
Ser ao mesmo tempo um resultado como todos somos da época, do meio, da família, com caracteristicas próprias, enérgicas, pessoais e poder ser o que é cada socioeducando. Descer à sua alma, feitas de mil complexidades, também, para se poder pôr em contato com ela, e estimular-lhe o poder vital e a capacidade de evolução.
É ter o coração para se emocionar diante de cada temperamento.
É ter imaginação para sugerir.
É ter conhecimento para enriquecer os caminhos transitados.
É saber ir e vir em redor desse mistério que existe em cada criatura.
Fornecendo-lhe cores luminosas para se definir, vibratilidades ardentes para se manifestar, força profunda para se erguer até no máximo, sem vacilações nem perigos. Saber ser poeta para inspirar.
Quando a mocidade procura um rumo para sua vida, leva consigo, no mais íntimo do peito, um exemplo, guardado, que lhe serve de ideal.
Quantas vezes entre esse ideal e o Educador, se abrem enormes precipícios, de onde se originam os mais tristes desenganos e as dúvidas mais dolorosas!
Como seria admirável se o Educador pudesse ser tão perfeito que constituísse, ele mesmo o exemplo amado de seus alunos!
E depois de ter vivido diante dos seus olhos, dirigindo um Grupo de Educandos, pudesse morar para sempre nas suas vidas, orientando-os, fortalecedo-os com a inesgotável fecundidade de suas recordações.
Texto de Cecília Meireles-Crônicas de Educação – Adaptado por Heron, Cícero e Walter.
QUALIDADES DO EDUCADOR
UMA REFLEXÃO PROFÍCUA
Se há uma criatura que tenha necessidade de formar e manter-se constantemente firme, uma personalidade segura e complexa, essa é o Educador.
Este ser é destinado a pôr-se em contato com a infância e adolescência nas suas mais variadas e inconstantes modalidades, tendo de compreender as inquietações da criança e do jovem, para bem os orientar e satisfazer sua vida.
Deve ser também um contínuo aperfeiçoamento, uma concentração permanente de energias que sirvam de base a assegurem a sua possibilidade, variando sobre si mesmo, chegando a aprender cada fenômeno circunstante.
Concilia todos os desacordos aparentes, todas as variações humanas nessa visão total indispensável aos Educadores.
É, certamente, uma grande obra ao chegar a consolidar-se numa personalidade assim.
Ser ao mesmo tempo um resultado como todos somos da época, do meio, da família, com caracteristicas próprias, enérgicas, pessoais e poder ser o que é cada socioeducando. Descer à sua alma, feitas de mil complexidades, também, para se poder pôr em contato com ela, e estimular-lhe o poder vital e a capacidade de evolução.
É ter o coração para se emocionar diante de cada temperamento.
É ter imaginação para sugerir.
É ter conhecimento para enriquecer os caminhos transitados.
É saber ir e vir em redor desse mistério que existe em cada criatura.
Fornecendo-lhe cores luminosas para se definir, vibratilidades ardentes para se manifestar, força profunda para se erguer até no máximo, sem vacilações nem perigos. Saber ser poeta para inspirar.
Quando a mocidade procura um rumo para sua vida, leva consigo, no mais íntimo do peito, um exemplo, guardado, que lhe serve de ideal.
Quantas vezes entre esse ideal e o Educador, se abrem enormes precipícios, de onde se originam os mais tristes desenganos e as dúvidas mais dolorosas!
Como seria admirável se o Educador pudesse ser tão perfeito que constituísse, ele mesmo o exemplo amado de seus alunos!
E depois de ter vivido diante dos seus olhos, dirigindo um Grupo de Educandos, pudesse morar para sempre nas suas vidas, orientando-os, fortalecedo-os com a inesgotável fecundidade de suas recordações.
Texto de Cecília Meireles-Crônicas de Educação – Adaptado por Heron, Cícero e Walter.
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